segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Histórias de um surfista do caminho
Bom galera, segue ai pra vocês um testemunho de um cara que admiro demais, Carlos Bezerra, um irmão na Fé que é um grande exemplo de um surfista que anela pelo OUTSIDE DE CRISTO.
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Semana passada me deparei com algo que me pegou de surpresa. Estava me preparando para um acampamento de adolescentes quando recebi um pedido de uma amigona minha.
Ela me pedia para que escrevesse um texto falando do meu testemunho, do início da minha caminhada. Brincando, eu disse para ela que nem eu sabia quando tinha acontecido.
Interessante é que eu nunca parei par escrever um testemunho de conversão meu. Já ouvi e li de várias pessoas e amigos e, toda vez que via alguém pregando sua conversão, seu testemunho, eu pensava sobre o meu mas, Deus sempre falava ao meu coração para que eu não pensasse em relatar isso naquele momento em que pensava.
E assim, nunca parei para pensar nele. Nos últimos dias comecei a reformular e a juntar as peças desse quebra-cabeças que faz de mim um surfista cristão, ou melhor, um cristão surfista.
Nasci em um lar cristão católico, um lar onde os valores morais de Jesus, o caráter de Jesus era referencial para moldar o nosso.
Meus pais sempre foram pessoas tementes a Deus e conscientes da presença de Deus nas nossas vidas. Minha família sempre foi extremamente católica. Minha tia trabalhava na administração da igreja perto de onde morava, tenho um tio que fez seminário para ser padre mas, largou no meio dos estudos, enfim, nossa família sempre foi cristã e cresci no meio dos valores de Jesus.
Esses valores foram muito evidenciados na minha educação e quando me percebi garotinho na escola, notei que a educação e a forma com a qual tinha aprendido em casa a me relacionar não era “compatível” com a realidade dos meninos de um modo geral.
Sofri muito porque acabava percebendo que era sincero, buscava ser legal e muitas vezes a galera detonava comigo.
Com o passar dos anos lembro que fui criando uma casca para me defender da galera, me defender do sistema. Essa foi a forma que usei para viver e para me poupar de ser machucado.
Na adolescência, com 13 anos, comecei a surfar. Essa foi uma união que veio para ficar e lembro que, apesar de existir uma galera mais barra pesada no surf, encontrei minha tribo. As pessoas que conheci no meio do surf eram pessoas que amavam o mar, que viviam apaixonadamente o estilo de vida de ser bodyboarder, ser surfista de um modo geral.
Essa galera vivia uma irmandade muito massa. Éramos todos amigos, unidos, viajávamos, repartíamos o que tínhamos. Uma época muito massa.
Depois de alguns anos eu estava podendo novamente me despir da casca que tinha criado para sobreviver no meio da galera.
Quando chegou a juventude eu ainda surfando e estudando. Só que agora também trabalhando e namorando. Na verdade, nunca deixei de surfar desde que comecei com 13 anos. Tiveram épocas que eram quase todos dias e épocas que era só poucas vezes no mês, no ano, mas a verdade é que nunca parei e sempre que dava estava com a galera.
Apesar que ter vivido essa época da adolescência e juventude não necessariamente envolvido com igreja e ministérios, sei que tudo isso que vivia estava sob o olhar do Criador das Ondas e, apesar de ter uma experiência mais ritualística com Deus, sei que a Graça e o amor de Deus me preenchiam e cuidavam da minha formação e do meu crescimento como pessoa.
Como falei, não sei quando se deu o início da minha caminhada. Me converti ao protestantismo casado, pai de família e sei que essa conversão foi e é muito valiosa para minha vida.
Foi por meio dessa conversão que percebi que Deus se relaciona com a gente. Que Deus está muito além de um ritual, de uma reza ou de uma promessa que possa fazer.
Não que esteja desmerecendo essa forma de experiência com Deus, mas percebo que a experiência de caminhar com Deus é muito maior do que qualquer outro tipo de experiência.
Desde minha conversão Deus tem trabalhado em minha vida e hoje com 36 anos sou líder na minha comunidade. Possuo um ministério onde proclamo a Palavra de Deus para a galera do surf, pois uma das coisas que a conversão ao protestantismo me deu foi a percepção que havia um projeto em minha vida a ser desenvolvido a partir do meu surf e do estilo de vida que possuía.
Foi uma experiência maravilhosa poder unir dois estilos de vida maravilhosos, o surf e o cristianismo. Hoje me sinto um cara privilegiado pois respiro 24 horas ministério. Estou sempre buscando trabalhar novos desafios com a galera e buscar ser um reflexo de Jesus na vida de quem caminha conosco.
Creio que esse aqui deva ser o testemunho que escreveria sobre minha caminhada. Não sei onde ela vai dar mas, independente de onde ela chegue, quero ter a convicção que terei Deus ao meu lado e que estarei sempre buscando ser um reflexo de Cristo na vida dos que estiverem caminhando comigo.
Boas Ondas.
Blog do Carlos ;D
A Paz de Jah
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quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Quando você está em uma prisão, é pra salvar o carcereiro!
Às vezes a gente se vê uma situação difícil, luta pra cá, batalha pra cá, não conseguimos ver nada na nossa frente, perdemos o foco e nos perguntamos: “por que Deus está permitindo tudo isso?” A resposta é bem simples, por mais que não a conseguimos vê-la, ela está ali, na nossa cara; e sabe da maior? Fomos nós que pedimos por ela!
Como assim? Deixe-me explicar.
Quando aceitamos a Cristo, qual é o nosso maior desejo? Ser usado por Ele, certo? Bom, se você realmente estiver disposto a tomar sobre si a sua cruz e seguir o Criador das ondas (Mateus 10:38 ), a pegada é mais pesada, a parada é radical! Você não vai ser apenas um surfista qualquer nesse crowd, você vai ser um Kelly Slater, um Guilherme Tâmega!
Tem um versículo na bíblia que, particularmente, é o que claramente dá a maior característica de um seguidor de Cristo, isto porque é o próprio Cristo quem fala; Lucas 9:57-58 diz o seguinte: “Naquele tempo, enquanto Jesus e seus discípulos caminhavam, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”. Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”, isso, pra mim, significa que Jesus tinha totalmente se despojado de si mesmo para fazer a vontade do Pai, não importa qual fosse, Ele a faria, dá alegria de curar um enfermo á dor de ser crucificado e passar três dias longe do Pai quando foi ao inferno para roubar a chave das mãos de Satanás, simplesmente não importava para Jesus, Ele queria fazer a vontade do Pai, alegrá-lO e claro, nos dá a salvação.
Bom, voltando ao porquê da luta, o porquê da prisão e como você pediu por isso...
Vamos falar um pouco do Apóstolo Paulo: Paulo, antes conhecido como Saulo, era um perseguidor da igreja (Atos 9:1-2), porém quando teve um encontro com Cristo (Atos 9:5), perguntou a Ele o que Jesus queria que ele fizesse (Atos 9:6), ai está claro o desejo de Paulo de servir a Cristo! E o que isso tem haver com a sua luta? Calma! Vamos um pouco mais a frente nessa história.
Lá em Atos 16:19-39 tem uma história com fatos importantíssimos, são eles: um espancamento, uma prisão, almas salvas,a liberdade acompanhada da justiça de Deus e o desejo de servir a Cristo cumprido!
Cara, Paulo era um servo de Deus, nessa passagem conta que ele e Silas foram espancados e presos (VS. 23), ambos tinham todos os motivos para perguntarem para Deus o porquê daquela situação. Poxa! Os caras tinham acabado de expulsar um demônio (VS.18), já haviam pregado para várias pessoas, estavam ativos na obra, por que eles estavam presos? E se liga que na prisão romana não era uma cela bonitinha de hoje não, que o cara fica solto lá, eles além de colocarem na cela, eles prendiam os pés e as mãos dos presos. Cara, Paulo e Silas tinham tudo para estarem revoltados com Deus, mas sabe o que eles fizeram? Adoraram, simplesmente adoraram ao Criador das Ondas (VS.25). E é exatamente ai que Deus responde o teu porquê. Quando eles começaram a adorar, começou um terremoto, as portas da prisão começaram a abrir, (VS.26) e o carcereiro ficou desesperado e tirou a espada para se matar, porque os prisioneiros iam fugir e os magistrados mandariam matá-lo (VS.27). Foi então que Paulo clamou para que ele não fizesse isso e pregou-lhe Jesus Cristo, o carcereiro e toda a sua família se entregaram a Cristo e foram batizados, sendo todos salvos! (VS. 28-34)
Você consegue entender agora? Quando decidimos servir a Deus devemos estar dispostos a tudo, as prisões e as Glórias, embora se você tiver paciência e confiar no Senhor até nas prisões você vai ver que há Glórias, porque quando Deus te coloca no cárcere é pra salvar o carcereiro!
E pra finalizar, depois de tudo, Deus ainda honrou Paulo e Silas, mostrando para todos que eles foram presos injustamente, porque como cidadãos romanos eles tinham seus direitos (VS. 34-39). Mas não esqueçam: embora as prisões pareçam injustas aos olhos humanos, no Reino dos Céus ela é necessária e honrosa, e principalmente: foram vocês que pediram para serem usados por Deus, vocês têm que estar preparados para detonar nesse crowd meus caros amigos surfistas!
Boas Ondas, a Paz de Jah.
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